A Indústria da Refinaria de Petróleos, Química, Plásticos e Borracha cobre os setores de atividade económicos C19 – Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis, C20 – Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto produtos farmacêuticos e C22 – Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas.

O setor contava em 2019 com um total de 1 950 empresas concentradas nas regiões Norte e Centro de Portugal, como se pode verificar pela figura em seguida. Do total, 56 % (1 094 empresas) estão ligadas à produção de artigos de plástico e borracha, 43 % (836 empresas) à produção de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais (exceto produtos farmacêuticos) e 1 % (20 empresas) à produção de coque e produtos petrolíferos e aglomerados de combustíveis.

Distribuição das 1 950 empresas do Setor da Refinaria de Petróleos, Química, Plásticos e Borracha em Portugal. 1

Consumo de Energia do Setor

A produção de Produtos Petrolíferos e Aglomerados de Combustíveis é uma atividade muito intensiva energeticamente, apresentando em 2020 um consumo de 1 009 ktep. A principal fonte de energia são os produtos derivados do petróleo que representam cerca 65 % do consumo total.

Evolução do consumo total de energia por tipo de fonte energética no Setor dos Produtos Petrolíferos e Aglomerados de Combustíveis. 2

O setor da Química, Plásticos e Borracha foi, em 2020, o terceiro principal consumidor de energia final da Indústria Transformadora em Portugal, com um consumo de cerca de 522 ktep, representando cerca de 10 % do consumo de energia total.

Como se pode verificar pela figura seguinte, depois de atingir um pico em 2007, o consumo total de energia do setor desceu consideravelmente até 2014, recuperando ligeiramente a partir daí. A provocar esta descida está o consumo de produtos derivados do petróleo, do carvão, do calor produzido em regime de cogeração e da biomassa. O consumo de carvão como fonte energética do setor chegou mesmo a ser eliminado em 2015. Em substituição destas fontes energéticas, verificou-se um aumento do consumo de gás natural e de eletricidade em 2019 de 180 e 18 %, respetivamente (mais 100 e 37 ktep, respetivamente), comparativamente com 2000. Em 2020 verificou-se uma redução geral do consumo de energia devido à crise pandémica nesse ano.

• a Inclui os consumos do setor de atividade C21 – Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas, que é examinado com maior detalhe no setor Outras Indústrias.