Consumo de Energia do Setor

De acordo com os dados provisórios do balanço energético em Portugal para 2020 disponibilizado pela DGEG, o consumo de energia final por parte da Indústria do Vidro e Artigos de Vidro representou cerca de 5,4 % do consumo total por parte da Indústria Transformadora. 1

Como se pode verificar em baixo, nos últimos 20 anos, o consumo de energia no setor do vidro não sofreu variações significativas. Já no que toca ao tipo de fonte de energia final, observou-se uma substituição das fontes energéticas provenientes do petróleo por gás natural e, em menor escala, por eletricidade. Em 2000, os subprodutos petrolíferos representavam 34 % das fontes de energia, o gás natural 54 % e a eletricidade 12 %. Em 2020, estes valores alteraram-se para 0,2, 81 e 18,7 %, respetivamente.

Consumo Específico de Energia

A produção de artigos de vidro é um processo energeticamente muito intenso, e as escolhas da fonte energética, tecnologia de aquecimento e método de recuperação de calor, são essenciais para o design do forno. Em seguida apresentam-se alguns exemplos de consumos energéticos dos fornos usados na produção de vidro.

Em seguida apresentam-se os consumos energéticos na produção de alguns tipos de vidro. A Frascaria (flaconnage) é um ramo de vidros de embalagem para perfumes, cosméticos, fármacos e alimentos. O consumo específico de energia está dependente da capacidade de produção do forno e dos tipos de processos a jusante. No caso da produção de fibra de vidro, o forno de fusão consome tipicamente 7 a 18 GJ/t de vidro fundido, mas fornos mais pequenos para produtos de composição especializada podem chegar a consumos de 30 GJ/t de vidro fundido.

Como se pode verificar na figura em seguida, o processo com maior consumo energético, é a fusão no forno, que pode contabilizar cerca de 78 % do consumo total de energia térmica do processo. A eletricidade é utilizada em todas as fases do processo, enquanto a energia térmica é usada no forno de fusão e no recozimento (incluído na categoria acabamento e embalagem). A fração de energia elétrica e térmica aplicada depende do tipo de vidro produzido.