O processo de cozedura é essencial para que os produtos cerâmicos atinjam as propriedades específicas requeridas. A cozedura aumenta a resistência mecânica, a resistência à abrasão, a estabilidade dimensional, a resistência à água e aos produtos químicos e a resistência ao fogo. Dependendo do processo de preparação, ou do tipo de especificações dos produtos, vários tipos de fornos podem ser utilizados.

A cozedura de produtos de cerâmica estrutural é geralmente efetuada em fornos contínuos tipo túnel. Opcionalmente, e especialmente para a cozedura de acessórios de telhado, são utilizados fornos intermitentes. As temperaturas de cozedura podem variar entre 850 e 1050°C. Algumas unidades industriais dispõem de um pré-forno, que permite efetuar uma secagem final (remoção de água residual) e aquecimento dos produtos para preparação da cozedura.

É também comum, especialmente para produtos de revestimento ou louça de faiança e porcelana, aplicar um processo de bicozedura. Neste processo, os produtos são sujeitos a uma cozedura (chacotagem) a temperaturas variáveis, consoante o tipo de produto, de 850 a 1050 °C. Os produtos são então sujeitos ao processamento térmico final para cozedura de pasta e vidrado, com temperaturas entre 1020 e 1350 °C, consoante o tipo de produto. Os fornos tipicamente usados são fornos túnel de vagonas, de rolos, ou intermitentes de vagonas.

Depois da cozedura, o produto final precisa de ser ajustado aos padrões requeridos. Alguns dos produtos têm uma tolerância dimensional específica que não pode ser ajustada pelos processos anteriormente mencionados. Para cumprir com as normas, os produtos podem ainda ser sujeitos a operações de retificação. Os produtos em grés porcelânico, em especial, são ainda polidos, e os refratários devem ser enriquecidos com grafite para serem adequados ao funcionamento em ambientes hostis. 1

Medidas e Tecnologias para a Cozedura e Posterior Tratamento