Recuperação do calor do ar de arrefecimento do forno

 

Setor: Cerâmica

Processo: Produção de Artigos de Cerâmica

Subprocesso: Cozedura e posterior pré-tratamento

 

Descrição

No fim do processo de cozedura, o ar que arrefece os produtos cerâmicos apresenta um elevado conteúdo entálpico, a temperaturas entre 150 a 170 °C. Este calor pode ser usado para aumentar a temperatura do ar de combustão nos queimadores do forno, secadores ou atomizadores, sem ser necessário um permutador de calor, uma vez que o ar de refrigeração é limpo (não participa na combustão). 1

 

Potencial de Poupança de Energia

Existem exemplos de aplicação da recuperação do calor do ar de arrefecimento em unidades de produção de tijolos e telas, porcelanas e outros produtos cerâmicos, apresentando poupanças de energia que vão desde 130 a 1 557 tep/ano. 1

 

Custos de Investimento

Em Portugal, numa fábrica de cerâmica utilitária com um sistema de recuperação já existente, estudou-se a possibilidade de recuperar o calor libertado pelo arrefecimento de produtos num forno intermitente, inserindo-o diretamente no processo de secagem. O custo de investimento foi estima em cerca de 5 000 € com poupanças anuais de gás natural de 15 000 €, o que representa um tempo de retorno do investimento de cerca de 4 meses. 2

Num outro exemplo português, Numa fábrica de pavimento e revestimento examinaram-se as condições de utilização de um forno de rolos. Verificou-se que na zona de arrefecimento final do forno há um caudal de ar quente com potencial de ser recuperado, e que está a ser enviado para o exterior. Este caudal pode ser redirecionado para o moinho pendular de modo a pré-aquecer o ar de moagem. Neste caso, os custos de investimento situam-se em cerca de 30 000 €, com poupanças anuais de gás natural de 9 400 €, o que representa um tempo de retorno do investimento de cerca de 3 anos e 2 meses. 2

 

Aplicabilidade

Geralmente aplicável. 2