Na indústria da cortiça, a eletricidade é essencialmente utilizada na operação de equipamentos do processo e na produção de calor em resistências elétricas utilizadas no processo de aglomeração. Os processos consumidores de calor estão relacionados com o processo de cozedura das pranchas de cortiça natural, com os processos de secagem durante o fabrico de produtos de cortiça natural (pranchas, rolhas, discos, corpos e outras peças) e com a produção de cortiça granulada durante a aglutinação dos grânulos de cortiça.

Num estudo efetuado em 2009, numa unidade de produção de rolhas técnicas da Corticeira Amorim, observou-se um consumo específico médio de 4,3 tep/milhão de rolhas. 1 As fontes de energia utilizadas foram a eletricidade (59 %), o gás natural (40 %) e gasóleo (1 %). Foi reportado que o consumo de eletricidade associado ao processo de aglomeração representava 51 % do total da eletricidade consumida na unidade industrial. O gás natural foi utilizado para a produção de calor a utilizar na secagem, aglomeração, esterilização por injeção de vapor, colagem de discos e processos de controlo de qualidade. O gasóleo foi consumido numa empilhadora. 2

No seu último relatório ambiental em 2019, a Corticeira Amorim, o principal transformador e comercializador de cortiça do país, reportou um consumo total de energia de 1,6 TJ. 3