Cimento e Cal
Cimento e Cal
- Cimento
- Consumo de Energia
- Medidas para a Eficiência Energética
- Preparação da Matéria-Prima
- Preparação do Combustível
- Produção e Arrefecimento do Clínquer
- Moagem, Embalagem e Expedição do Cimento
- Medidas Transversais
- Roteiro para a Neutralidade Carbónica
- Cal
- Consumo de Energia
- Medidas para a Eficiência Energética
Consumo de Energia
O consumo específico de energia elétrica nas unidades de produção de cimento em Portugal tem aumentado significativamente desde 2014, acompanhando a tendência da União Europeia a 28. Uma das principais causas para este agravamento da eficiência elétrica é a diminuição da produção de clínquer e de cimento, uma vez que esta está diretamente ligada ao consumo específico de energia.
Já em relação ao consumo de energia térmica, Portugal tem verificado uma tendência oposta à da União Europeia. Na União Europeia verificou-se uma redução do consumo específico de energia térmica, devido à redução da produção de clínquer em processos pela via húmida com forno de eixo vertical e fornos mistos que apresentam consumo específicos muito superiores aos restantes. Em Portugal, por outro lado, os fornos funcionam com pré‑aquecedores e nalguns casos com pré-calcinadores, mas o consumo específico de energia térmica tem aumentado devido não só à redução da produção de clínquer, como ao aumento da utilização de combustíveis alternativos, entre os quais a biomassa, que apesar de reduzirem as emissões de CO2, apresentam menores poderes caloríficos que os combustíveis tradicionais, aumentando o consumo específico de combustível.
Analisando a distribuição dos consumos de energia nas várias fases do processo de produção de cimento pela via seca, verifica-se que os processos que envolvem moagem representam cerca de 72 % do consumo de eletricidade, logo a implementação das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) associadas aos moinhos, vão ter impactos significativos na redução do consumo específico final. Já a energia térmica é utilizada na sua totalidade no cozimento do cru para a produção de clínquer pela via seca, enquanto que na via húmida cerca de 42 % é utilizada na secagem da matéria-prima. 2
Os processos de produção pela via húmida ou com fornos de eixo verticais são 55 % energeticamente mais intensivos do que pela produção pela via seca com forno longo sem pré-aquecedor e pré-calcinado, uma vez que existência ou não de sistemas complementares promove a eficiência energética do fornos. A introdução de um pré-calcinador permite uma poupança de 4 % comparativamente com uma um forno com apenas pré-aquecedor. Em Portugal existem 12 fornos rotativos com pré-aquecimento, dos quais quatro tem também instalados pré-calcinadores.