Fermentador de levedura imobilizada para acelerar a fermentação

 

Setor: Alimentação e Bebidas

Processo: Tecnologias de processamento dos produtos

Produto: Cerveja

 

Descrição

Novos progressos nos fermentadores contínuos permitiram aumentar a atratividade desta tecnologia inicialmente desenvolvida nos anos 70. Esta tecnologia consiste num sistema de células imobilizadas (a técnica mais difundida é o aprisionamento dentro de uma matriz) num espaço definido com retenção da sua atividade e viabilidade catalítica.

O conselho nacional de investigação finlandês desenvolveu um sistema onde a cerveja verde passa por um reator de levedura imobilizado, reduzindo o tempo de maturação de 10 a 14 dias para 2 a 3 horas. A tecnologia foi também testada no Japão, onde se conseguiu um tempo de fermentação de dois a três dias. Estes sistemas podem ter custos de capital mais baixos do que os sistemas de fermentação existentes ao permitir a reutilização da levedura, e a redução da terra de diatomáceas necessária para a filtração posterior. Para além disso, o controlo de qualidade do processo é melhorado.

A Meura-Delta, na Bélgica desenvolveu um novo biorreator que tem a capacidade de acelerar o processo de fermentação de 5 a 7 dias para um dia. O reator funciona com a imobilização da levedura num suporte cerâmico que aumenta o contacto entre o mosto e a levedura, aumentando assim a velocidade da fermentação. 1

 

Potencial de Poupança de Energia

A bibliografia consultada não apresenta dados que permitam quantificar este potencial.

 

Custos de Investimento

São esperados tempos de retorno do investimento de cerca de 2 a 3 anos. 1

 

Aplicabilidade

A utilização de levedura imobilizada está atualmente a ser utilizada na indústria cervejeira em algumas aplicações à escala industrial. Está também a ser utilizada na produção de etanol no Brasil com taxas de fermentação 1,2 a 2,5 vezes superiores às das leveduras livres. 2