Utilização de novas tintas
Setor: Metalo-elétro-mecânicas
Processo: Veículos Automóveis
Subprocesso: Pintura
Descrição
Uma parte considerável da energia consumida na montagem de automóveis é utilizada na eliminação dos compostos orgânicos voláteis emitidos pelas tintas durante a pintura. Atualmente têm vindo a desenvolver-se pós, incluindo primários anti riscos, vernizes transparentes e lacas em indústrias como a montagem de veículos e a indústria de fabrico de bicicletas. Ao eliminar solventes na tinta, os compostos orgânicos voláteis e a energia resultante da ventilação necessária são reduzidos.
Na Alemanha utilizam-se suspensões em pó, assim como tintas em pó para o verniz transparente. Ao contrário dos vernizes em pó, a camada base não é aquecida até altas temperaturas antes da aplicação do verniz de suspensão em pó, reduzindo o consumo de energia na aplicação e secagem comparativamente com outros tipos de revestimentos.
Mais recentemente foram desenvolvidas novas tintas com menor teor de solventes e maior teor de sólidos (ver por exemplo Nexa Autocolor). Esta tintas são de latex de base aquosa e vernizes transparentes à base de solvente. Devido ao seu menor teor de solventes, libertam menos compostos orgânicos voláteis, reduzindo a quantidade necessária de ar de exaustão na ventilação assim como a temperatura de operação dos fornos de secagem. 1
Potencial de Poupança de Energia
Uma análise em 1992 da Mercedes-Benz concluiu que as necessidades energéticas para a pintura com tinta em pó são 30 % inferiores em comparação com as tintas à base de água e 18 % inferiores em comparação com as tintas à base de solvente, enquanto que as necessidades energéticas de secagem eram ligeiramente superiores (+ 3 %) para as tintas em pó. Para além da poupança de energia, o fabrico de tintas em pó é ligeiramente menos intensivo em termos energéticos do que as tintas à base de solventes, resultando numa poupança indireta de energia. 1
Custos de Investimento
A Chrysler utilizou um processo de primário em pó nas suas instalações no Delaware (Estados Unidos da América) e encontrou uma poupança anual de energia e custos de cerca de 42 940 GJ e 350 000 $, respetivamente. Assim que os pós sejam utilizados noutros processos, a Chrysler espera poupar quase 4 M$ por ano. Com custos totais do projeto de 10,6 M$, o período de retorno do investimento é de 2,6 anos. 1